Fotógrafa a bordo: embarque

(Esse post começou a ser produzido antes do embarque e foi publicado e atualizado 7 meses depois de embarcar)

Depois de todos aqueles processos, de gastar dinheiro, passar raiva e nervoso vem a parte de embarque. (Se você ainda não viu, tem 2 posts aqui no blog sobre o processo seletivo e sobre o pré-embarque). No meu caso – e do pessoal da mesma área que passou por isso tudo também – a espera foi longa. A minha notícia triste é que a parte de gastar dinheiro NÃO ACABA.

Após entregar todos os documentos e receber o ok da Companhia sobre meus exames (a gente recebe eles em casa), começou a espera. Estou prestes a completar 1 ano nessa saga de tentar embarcar. É! Uma espera sem notícias, sem previsão.

No dia 28 de junho a Cia enviou um email perguntando minha disponibilidade para embarcar. Respondi que a partir de 06 de julho. A verdade é que isso não mudou muita coisa. Fui a última do meu grupo a ser chamada.

Dia 17 de outubro recebi a minha data: Embarque dia 02 de Novembro de 2019 em Miami no Symphony Of The Seas (o maior navio do mundo) maaaaas como toda história tem o seu clímax, a minha não podia ser diferente: minha data foi adiantada para uma semana, ou seja, dia 26 de Outubro de 2019!

Como eu já tinha comprado quase tudo que a Cia tinha solicitado – algumas peças do uniforme, sapatos – comecei a correr atrás dos itens pessoais para levar na mala. Foram R$ 300 de uniforme, R$ 300 de sapatos e R$ 1000 de todos os itens que faltavam. Foi uma maratona, mas eu tudo certo.

Minha mala era a menor mala do mundo e ainda assim consegui chegar lá. Levei muita roupa e acabei tendo que comprar uma mala gigante pra voltar pra casa. Então a dica é: levar só as roupas básicas e algumas mais arrumadinhas. Ir com a mala pela metade. Nos portos há lojas legais com Marshall, Ross e shoppings. Com toda a certeza vai rolar muitas compras e você vai perceber que aquelas blusinhas não eram tão legais assim.

Levei muuuuitos remédios. Remédio pra dor, pra febre, gripe, enjoo, ansiedade e qualquer tipo de imprevisto que eu poderia ter. Há médicos no navio mas é muito melhor ter alguma coisa ali na mão quando não dá tempo de ficar na fila pra ser atendida.

No dia do meu vôo eu estava tão nervosa que nem sei descrever. Eu nunca tinha saído do país e estava prestes a fazer isso sozinha. Cheguei bem cedo no aeroporto. O destino era Miami. Fiquei no hotel La Quinta por uma noite antes de ir para o navio. A empresa enviou um dinheiro para a alimentação e transporte mas eu estava tão perdida que acabei indo comer no Mcdonalds. No dia de embarcar você faz o check-out no hotel e pede para eles pedirem um táxi – uber não funcionou – que eles levam direto pro terminal. Não paguei nada pelo hotel, mas o táxi foi 40 dólares!!!

Em resumo, a pior parte pra mim foi a imigração por causa do meu nervosismo. A van do hotel também demorou bastante pra me buscar e minha mala quebrou, fiquei desesperada mas tudo isso foi causado pelo que? Nervosismo. Eu não sabia pra onde ir e parecia que tinha esquecido todo o meu inglês.

Cheguei no navio na manhã seguinte e me ajudaram desde o primeiro segundo. Eles sabem que você é novo então nunca vão te deixar sozinho, mas essa parte vai ficar pro próximo post!

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